AYRTON SENNA DA SILVA
|
Super Speedway - O Que Falam Seus Colegas
|
» Michael Andretti: “A única parte boa da experiência na F-1 foi conhecer Ayrton”
Andretti foi companheiro de Ayrton Senna, na McLaren, por dez meses em 1993...
Um piloto que recorda bem de seu convívio com Senna, mesmo que por apenas dez meses, é o norte-americano Michael Andretti,
que pouco antes da morte de Ayrton, foi companheiro do brasileiro.
“A única parte boa da experiência minha na Fórmula 1 foi conviver com Arton. Ele era um grande cara, um grande companheiro
de equipe e um grande apoiador. Foi a melhor parte de minha fracassada experiência na categoria.”
“Eu e Ayrton tivemos uma relação muito boa. Para se ter uma ideia, depois que eu saí, minha primeira corrida foi na Austrália, e ele foi o primeiro a
me ligar me dando os parabéns. Ele tinha passado a noite acordado no Brasil, assistindo à corrida e estava feliz por mim.”
“Quando fui dispensado da McLaren, ele deu uma entrevista coletiva para contar a todos o quão injustamente eu fui tratado.
É o tipo de cara que ele era e esse é o tipo de relação que tivemos.”
» Prost: “A morte de Senna decretou o meu fim na Fórmula 1”
Rivais históricos, Ayrton Senna e Alain Prost foram companheiros de equipe, na McLaren, em 1988 e 1989...
Responsáveis por uma das maiores rivalidades da história da Fórmula 1, Alain Prost e Ayrton Senna ainda conseguem reanimar
o clima de disputa entre eles, mesmo após a aposentadoria do francês e a morte do brasileiro. Recentemente, março de 2010,
o tetracampeão mundial Alain Prost afirmou que a morte do ídolo brasileiro decretou sua aposentadoria da categoria máxima
do automobilismo.
“Ayrton e eu temos um vínculo. Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1. Ninguém pode falar de Ayrton sem
mencionar meu nome, e ninguém pode falar de mim sem mencionar o dele. Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1”,
afirmou Alain Prost, numa entrevista ao jornal espanhol “El País”.
Após uma breve parceria como companheiros de equipe pela McLaren em 1988, a rivalidade entre os dois pilotos aumentou
exponencialmente nos anos seguintes. Superior à Senna em número de títulos mundiais - Prost é tetracampeão, enquanto o
brasileiro é tri - Prost revelou ter se aproximado de Senna cerca de três meses antes da tragédia, depois de um bom tempo
de discussões e exaltações da rivalidade que assolou a Fórmula 1 durante a metade final da década de 1980 e o início da 1990.
“Ele nunca tinha me ligado, mas nas últimas semanas tinha feito isso várias vezes. Estava preocupado. Achava que a Benetton,
de Michael Schumacher, tinha implantado recursos eletrônicos no carro e queria que eu entrasse para a Comissão de Segurança,”
contou o francês, relembrando uma das regras da época.
Prost revelou que Senna mostrava-se desconfortável com o carro da Willians, com o qual faleceu no GP de Ímola, em San Marino,
na temporada de 1994. O antigo rival do brasileiro, na época já aposentado das pistas de Fórmula 1, relembrou o encontro com
o brasileiro momentos antes da largada na última corrida do tricampeão mundial.
“Lembro que, antes da corrida, ele veio às cabines de televisão para falar comigo, o que não era algo habitual e, por isso
mesmo, todos que estavam ali ficaram calados. Nesses momentos, o piloto só pensa em se concentrar, mas ele veio e se sentou
ao meu lado. O mais surpreendente é que não queria falar de nada muito importante,” revelou.
“Depois de comer, pouco antes da largada, fui aos boxes da Williams e conversamos por uns dois minutos antes dele entrar no
carro. Esta foi a última vez que o vi vivo,” lamentou.
» Schumacher: “Levei duas semanas para aceitar que Senna tinho morrido”
Rivais históricos, Ayrton Senna e Michael Schumacher disputaram corridas juntos por um bom tempo, mas o alemão só teve problemas após sua aposentadoria...
Outro piloto que recorda de seu convívio com Senna é o alemão Michael Schumacher, que na época da morte de Ayrton, já se
destacava como um piloto de um futuro muito promissor.
“O pior aconteceu duas semanas depois, quando eu aceitei que ele havia morrido”, diz o heptacampeão Michael Schumacher,
que diz não conseguir se lembrar de uma vitória que deixou um grande vazio inteiror como a daquele dia em Imola.
“Nós tínhamos visto muitos acidentes como esse ou ainda pior. Pensei que Ayrton poderia ter quebrado uma perna ou um braço,
mas que tudo continuaria igual. Foi depois do pódio, quando Pasquale Lattuneddu, que era o braço direito de Bernie Ecclestone,
veio e nos disse que ele estava em coma. Não sabia o que pensar. Eu não conseguia imaginar que ele poderia morrer. Na
melhor das hipóteses, ela perderia uma ou duas corridas e só isso.”
“Mas o pior veio duas semanas depois, em Mônaco, quando eu tive que aceitar que, de fato, havia morrido. Foi uma loucura.”
» Jô Ramirez: “Ele saiu porque nosso carro não estava a altura dele”
Jô Ramirez, coordenador da McLaren, quando Ayrton Senna corria pela equipe, e grande amigo do brasileiro...
Outro que lembra com carinho dos momentos com Ayrton foi Joaquín Ramirez, que esteve na McLaren junto com o brasileiro.
“Para a McLaren, foi como perder um filho.” disse Jo Ramirez, que em 1994 era o coordenador da McLaren, onde Senna
consquistou seus três campeonatos mundiais (1988, 1990 e 1991).
“Ele saiu porque nosso carro não estava a altura dele e por isso nós nos sentimos um pouco responsáveis por sua morte,
por não ter sido capaz de evitar. Naquele fim de semana, Ayrton me pediu um favor: Ele tinha o seu avião no aeroporto de
Forli e queria alugar um helicóptero para levá-lo lá depois da corrida. Estava a apenas três corridas na Williams e ainda
não estava confiante o suficiente para pedir ninguém da lá. Ele disse que o tratamento da equipe era muito frio com ele.”
“Fiz o que ele me pediu, mas infelizmente nunca chegou a tomar este helicóptero.”
|